sexta-feira, 11 de julho de 2014

O macho e o seu relacionamento com o futebol

Rio de Janeiro, 1998.  
Campeonato Carioca de Futebol. 
Vasco x Fluminense. 

André organizou a galera. Oito homens assistiriam o jogo na sua casa. Oito homens e sua namorada, Clarissa. Sentadinha no canto do sofá, Clarissa esperava a chegada dos amigos do namorado e a cada minuto que passava, seu tédio aumentava. Assim que todos estavam a postos, Clarrisa estava espremida no sofá. Quando o jogo começou, todos se levantaram pra cantar o Hino Nacional e ao apito de início do jogo percebeu que não havia mais lugar para ela no sofá. Os olhos hipnotizados daqueles nove homens para TV tornaram Clarissa invisível, totalmente imperceptível. A moça resolveu sair, já que não era ninguém ali, naquele momento. Bateu a porta da sala com fúria e no corredor encontrou Alex, vizinho do seu namorado e que já havia lançado vários olhares bovinos pra cima dela. O rapaz, apesar de flamenguista, não quis assistir o jogo! Estava indo na padaria comprar um sorvete. Chamou Clarrisa para fazer-lhe companhia. Ela sugeriu que fossem para seu apartamento. Esquecendo do sorvete, picolé ou qualquer outra coisa, não pensou duas vezes e aceitou o convite, levando a moça mais que ligeiro pra dentro, afinal, a proposta de chupar ali era bem mais quente! E assim se deu, 90 minutos mais o intervalo sem tirar de dentro. O jogo empatou em 2x2. E enquanto o namorado revezava os gritos de “É CAMPEÃO!” e “VASCOOOO!” o vizinho, urubu, bicava o bacalhau da namorada. Voltou para o apartamento do namorado e percebeu que sua falta não foi sentida, terminou o romance, afinal, como se diz por aí, se muda de mulher, mas não se muda de time!

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